Valor energético x, carboidrato y, proteínas, gorduras, ingredientes, calorias… isso e muito mais está contido nos rótulos dos alimentos que você compra nos mercados. Mas o que essas informações significam? É possível entender o que vem impresso e, assim, fazer escolhas mais alinhadas com o que você deseja consumir?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou um novo padrão de rotulagem, que entra em vigor no mês de outubro de 2022. As novas regras têm como objetivo deixar mais claras as informações sobre os produtos, facilitando o entendimento a respeito do que está sendo exposto na prateleira, diminuindo as dificuldades em localizar informações e permitindo compras mais conscientes.
A coordenadora de Segurança de Alimentos do Grupo Mateus, Katia Souza, explica que essa norma vai auxiliar no processo de escolha dos alimentos. “A nova padronização vai ajudar a compreender dados sobre a composição química dos produtos e, assim, guiar melhor as nossas escolhas alimentares. Mais informados, os consumidores farão escolhas melhores”, afirma.
Ainda segundo Kátia, ao realizar as compras no mercado, é importante observar o que compõe o produto que se deseja comprar. Ela deixa uma dica sobre a composição de ingredientes: “Como regra geral, a lista de ingredientes é apresentada em ordem decrescente, ou seja, o primeiro ingrediente é aquele que está em maior quantidade e assim por diante”, esclarece.
Quais ingredientes procurar no rótulo dos alimentos? De acordo com a especialista, isso varia muito em função do tipo de produto. “No caso dos industrializados, por exemplo, prefira sempre os que são ricos em fibra e com ingredientes que você conhece”’, orienta. Ela explica ainda que o princípio para ter uma alimentação mais saudável e equilibrada é consumir mais alimentos in natura ou minimamente processados, que, segundo a nutricionista, apresentam boas quantidades de nutrientes e não possuem aditivos químicos em sua composição.
Os principais sinais de alerta, por sua vez, são quantidades excessivas de açúcar, sódio e gordura saturada. O consumo desses alimentos deve ser feito em moderação, pois a ingestão rotineira pode causar obesidade e uma série de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, cardiopatias e hipertensão, entre tantas outras.